Como prever consequências:
A expressão mais comum na cena de um desastre é, "Eu nunca pensei..."
O fato é que a maioria das pessoas não sabe fazer uma previsão das conseqüências, e as escolas nunca parecem pensar em ensinar a arte da improvisação.
A previsão de conseqüências é parte ciência, parte matemática, e parte visualização.
É essencialmente a habilidade de criar um modelo mental imaginário com a seqüência de eventos que podem ocorrer, "O quê provavelmente aconteceria se...?".
O perigo em cada uma dessas situações é focar-se no que você quer que aconteça, ao invés do que de fato pode acontecer.
Ao se preparar para pular um determinado buraco, por exemplo, você provavelmente visualiza a aterrissagem no outro lado.
Isto é bom; leva a um pulo bem sucedido. Más você precisa visualizar também a não aterrissagem do outro lado.
O que pode acontecer então? Você ao menos contemplou as prováveis conseqüências de uma queda de 40 metros?
É aí que a matemática e as ciências entram. Você precisa comparar a situação atual com suas experiências passadas e calcular as probabilidades de diferentes resultados. Se, por exemplo, você estiver olhando para um buraco de cinco metros, você deve estar se perguntando, “Quantas vezes eu já consegui pular um buraco de 5 metros? Quantas vezes eu falhei?” Se você não sabe, você deveria saber o suficiente para tentar um pulo-teste sobre o nível do chão.
As pessoas não pensam pra frente. Mas enquanto você está na escola, deveria estar sempre se perguntando, “o quê vai acontecer agora?” Observe situações e interações interessantes no ambiente que o circunda e tente prever os resultados. Escreva ou publique num blog suas previsões. Com prática, você se tornará um expert em antever conseqüências.
Mesmo sendo muito interessante, com o passar do tempo, você começará a observar padrões e generalizações, coisas que farão as conseqüências serem ainda mais fáceis de prever. Coisas caem, por exemplo. Copos quebram. Pessoas ficam bravas quando insultadas. Coisas quentes se desintegrarão. Cães mordem às vezes. O ônibus (ou trem) se atrasa às vezes. Estes tipos de generalizações – frequentemente chamados de ‘senso comum’ – ajudarão você a evitar o inesperado, e, às vezes, as conseqüências desastrosas.
Stephen Downes é um pesquisador sênior do Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá, em Monton, New Brunswick, Canadá. Afiliado ao Conselho do Instituto de Tecnologia da Informação, Stephen Downes trabalha com o Grupo de Pesquisa E-Learning. Seu foco profissional principal inclui pesquisa e desenvolvimento em e-learning, trabalho e ajuda para as organizações melhorarem sua posição competitiva no mercado, e incrementar a troca de informações através de artigos, relatórios e análises escritas, bem como marcar presença em conferências e seminários locais e internacionais.
Escrito Originalmente por Stephen Downes e originalmente publicado em 30 de Agosto de 2006 para o Half an Hour com o nome " Things You Really Need to Learn ".
A tradução para o português foi feita por Rodrigo Siqueira.
Carreira de Sucesso
Flávio José Costa
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